Horizon Chase 2 – Análise | Review

Trago hoje minhas opiniões sobre a tão aguardada versão de PC de Horizon Chase 2!


Horizon Chase é uma das franquias que tive o prazer de conhecer antes da fama.

Na época em que o primeiro jogo foi lançado, tinha acesso a um Ipad.

E assim que vi as imagens na loja de aplicativos, minha atenção foi fisgada.

Apesar de não gostar tanto de jogar em dispositivos móveis, não pude resistir e adquiri uma cópia por algo em torno de R$15, se não me falha a memória.

Foi amor à primeira vista!

Tudo naquele jogo me encantava: os gráficos bonitos e cheios de estilo, a jogabilidade que parecia ter vindo diretamente da geração 16 bits, a trilha sonora.

Não consegui largar Horizon Chase até fazer tudo o que havia para ser feito naquela versão.

Quando vi a notícia de que o jogo chegaria aos consoles e PC, fiquei muito contente.

A versão foi chamada de Horizon Chase Turbo, e trouxe consigo todas as atualizações da versão mobile.

Mais do que nunca, ficou comprovada a qualidade de Horizon Chase.

Desde então o jogo foi expandido, recebeu diversas atualizações e alguns pacotes de expansão, com destaque para a DLC Senna Sempre.

Horizon Chase simplesmente funcionava, em qualquer plataforma para onde fosse levado.

Apesar das fortes referências a Top Gear, Out Run, Cruis’n World e outros clássicos de corrida arcade, ele tinha sua própria identidade.

O primeiro jogo continua sendo um sonho realizado para todos os fãs do gênero.

E quando todos se perguntavam se haveria uma continuação, Horizon Chase 2 foi finalmente anunciado.


A Chegada De Horizon Chase 2

É importante lembrar que o segundo jogo chegou causando polêmica e divisão.

Isso porque, assim como o jogo de estreia, foi temporariamente exclusivo de Iphone e Ipad.

Mais precisamente do Apple Arcade, um serviço de assinatura.

Ou seja, não é possível comprar uma cópia do jogo, apenas jogá-lo através da assinatura deste serviço.

Aqui abro um parêntese para explicar a grosso modo que o Apple Arcade é uma espécie de Game Pass mobile, exclusivo do IOS (Sistema Operacional da Apple).

Um serviço que tem irritado muita gente, por sua mania de comprar exclusividade temporária de jogos interessantes.

Isso já foi motivo de sobra para que muitas pessoas se revoltassem.

Por mais que a exclusividade fosse temporária, com duração de apenas um ano, este acontecimento gerou polêmica e trouxe a sensação de que que a franquia havia dado um passo para trás.

Não entrarei na discussão de que isto possa ter sido um gesto de reconhecimento por parte do estúdio, privilegiando a plataforma que abriu as portas para eles.

Nem mesmo que a razão desta decisão talvez tenha sido a dificuldade de lançar o jogo em tantas plataformas simultaneamente.

Estou aqui apenas relembrando acontecimentos.

E quando todo mundo parecia ter se conformado, surgiu a notícia de que o estúdio Aquiris, criador da franquia, havia sido comprado pela Epic Games.

Quem joga no PC já sabe que a Epic Games não é uma unanimidade entre os jogadores.

Por um lado ela faz a alegria de muita gente, distribuindo jogos originais semanalmente.

Por outro, irrita as pessoas comprando a exclusividade de jogos que todo mundo quer jogar na Steam, GOG e outras plataformas.

Novamente tivemos uma enorme confusão.

Parece que o destino de Horizon Chase 2 era mesmo permanecer preso a alguma plataforma.

Este acontecimento também colocou uma enorme interrogação sobre o futuro de Horizon Chase 2.

Será que a Epic deixará o estúdio Aquiris desenvolver todas as ideias que tiverem para este jogo?

Ou será que o talentoso pessoal da Aquiris será totalmente absorvido pela Epic, passando a atuar em outros projetos?

Será que Horizon Chase 2 deixará de ter atualizações significativas e se tornará apenas uma loja de cosméticos, seguindo os passos de Rocket League?

Até o momento em que escrevo esta análise, não tenho nenhuma dessas respostas.

Apenas recapitulei tudo o que aconteceu até aqui, para ilustrar o contexto atual.

Para explicar que hoje em dia muitas pessoas não gostam mais de Horizon Chase por motivos alheios ao jogo.

Outras simplesmente irão virar as costas para o estúdio, por se sentirem traídas.

Mas nada disso muda o fato de que finalmente Horizon Chase 2 chegou ao PC.

E aqui estamos para falar sobre como ficou sua versão inicial.

Naturalmente nenhum desses acontecimentos foram levados em conta nesta análise.

A ideia é avaliar o jogo pelo que ele realmente é, ajudando assim o leitor a formar sua própria opinião.


Horizon Chase 2 Quase Turbo

A primeira coisa que chama a atenção em Horizon Chase é o salto de complexidade em seus gráficos.

É muito interessante como tudo parece ser uma evolução natural do estilo e da personalidade da franquia.

Uma comprovação de que desde o começo os designers da Aquiris tiveram total consciência sobre o que estavam fazendo, sobre o padrão que desejavam estabelecer.

Dessa vez temos também efeitos visuais mais sofisticados.

Luz, sombra, névoa e até a transparência dos vidros.

Screenshot de Horizon Chase 2

Alguns já estavam no jogo anterior e naturalmente foram melhorados, outros foram acrescentados com ótima qualidade.

Dessa vez os carros iniciais não são “cópias” de modelos reais.

Ainda são inspirados em modelos reais, porém com toques extras de criatividade, o que lhes confere ainda mais personalidade.

Os cenários são um show à parte!

E assim como no primeiro jogo, quando todos estes elementos se unem em nossa tela, a magia acontece.

Os efeitos sonoros também tiveram um upgrade considerável, mas quando o assunto é áudio, o destaque vai para a trilha sonora do meu xará Barry.

A trilha me passou a impressão de que desta vez ele teve ainda mais liberdade, sem se preocupar tanto com as referências.

E o resultado foi incrível!

Ainda assim seria injusto dizer que a esta é melhor que a do antecessor, porque ambas são incríveis.

Diria que ela mantém o nível de qualidade, com uma pitada a mais de alegria.

Em resumo, as partes sonora e gráfica são incríveis.

Existe grande harmonia entre elas, tudo se encaixa e faz sentido.

Felizmente também temos melhorias “debaixo do capô”.

A jogabilidade mantém o estilo clássico, mas foi balanceada e refinada.

Ainda que a melhoria seja discreta, logo nas primeiras corridas é possível perceber que controlar o carro ficou ainda mais divertido.

E depois de passar mais tempo no jogo, percebemos que o ajuste no ritmo das corridas também contribui muito para isso.

Mesmo nos níveis mais altos, onde a velocidade fica insana, tudo está melhor ajustado.

O design das pistas está mais diverso.

Não só porque agora termos trechos com bifurcações, pistas abertas e até mudanças climáticas, mas o próprio traçado da maioria delas está mais agradável.

Sendo assim, a jogabilidade refinada, os ajustes no ritmo e o design das pistas trabalham “de maneira silenciosa”, para tornar tudo ainda mais divertido e agradável.

Isso é sem dúvidas um grande feito!

Considero muito mais difícil ajustar a jogabilidade numa franquia como esta, que tem uma fórmula simples, clássica e tão provada pelo tempo.

O irônico aqui é que em meio a tantas melhorias gráficas, a apresentação visual parece ter piorado.

Ao terminar um torneio, por exemplo, surge uma tela triste, somente com os nomes dos três primeiros colocados.

No primeiro jogo havia uma animação bem legal, onde os carros subiam ao pódio.

A visualização dos carros nos menus também deixa a desejar.

Quase tudo é estático, não há como girar os veículos manualmente e apreciá-los melhor.

Isso sem contar que ainda não foi nesta sequência que ganhamos a visão traseira, ou pelo menos um retrovisor, algo que seria útil nas partidas.

E, diga-se de passagem, até jogos da geração 16 bits já tinham soluções neste sentido.

Os menus ainda se salvam, pois estão bonitos e organizados.

Mas senti que mesmo com soluções simples, já seria possível melhorar bastante a apresentação de um modo geral.

A essa altura talvez você me diga: Ué, então este jogo é mais do mesmo, levemente melhorado!

E eu te darei meus parabéns, porque é isso mesmo!

Porém neste caso isso pode ser considerado até como ponto positivo.

A base de Horizon Chase sempre foi muito sólida, e deixava pouco espaço para melhorias.

Significa então que o jogo não precisava de uma continuação?

Não.

Significa apenas que se você estava em dúvidas se esta é uma boa continuação, já pode ficar tranquilo.

Sempre que surge uma oportunidade, digo que uma boa continuação aprimora o conceito original.

Já uma continuação perfeita, aprimora e expande este conceito inicial.

E Horizon Chase 2 se contentou apenas em aprimorar o conceito com qualidade, sem expandir nada significativamente.

O que ao meu ver faz dele uma boa continuação.


Modos de Jogo e Multiplayer

A seguir, falo mais sobre cada um dos modos de jogo presentes nesta versão.

World Tour / Volta Ao Mundo

O modo tradicional, onde corremos em pistas de vários países.

Isso sempre me fez lembrar de Cruis’n World.

Se por um lado a quantidade de pistas diminuiu em relação ao primeiro jogo, por outro a qualidade aumentou.

Claro que comparar a quantidade de pistas acabaria sendo injusto.

Isso porque o primeiro recebeu muitas pistas através de atualizações.

Sendo assim, há uma boa chance que o mesmo aconteça com Horizon Chase 2 e o número de pistas aumente.

De qualquer forma, a quantidade de pistas é satisfatória, e renderá boas horas de jogo.

Outra diferença notável, que fará a alegria de uns e a tristeza de outros, é que agora não precisamos mais nos preocupar com o combustível.

Pessoalmente gostei desta decisão.

Era uma mecânica que parecia divertida no começo, mas que depois de um tempo não representava mais um desafio, somente atrapalhando um melhor proveito da corrida.

Minha mudança favorita foi o sistema de evolução e melhorias dos carros.

Agora cada um dos veículos tem sua própria barra de progresso, e sempre que subimos de nível desbloqueamos uma melhoria, que poderá ser comprada com créditos que ganhamos no jogo.

Isso acaba sendo um grande incentivo para continuarmos jogando o modo World Tour seguidas vezes, pois não será possível evoluir todos os carros de uma vez só.

Sendo assim, as “Corridas de Melhorias” do primeiro jogo deixaram de existir.

Entretanto, foi criado um novo desafio, chamado “Corrida Contra o Tempo”.

Quase todas as regiões visitadas têm uma fase de corrida contra o tempo.

Este desafio consiste em uma corrida sem adversários, no qual encontramos moedas espalhadas pela pista.

Cada uma dessas moedas diminui um segundo no contador de tempo, e nosso objetivo então é correr com precisão, pegando o maior número de moedas.

No fim, nosso tempo será classificado como bronze, prata, outro, super ou nenhum destes, em caso de falha.

Não gostei deste desafio.

No começo até parece legal, mas depois de um tempo fica chatíssimo, especialmente se você for complecionista e quiser fazer o “super tempo” em todos estágios.

No fim das contas é simplesmente uma outra versão do “pegue todos os itens da pista”.

Mas, fazendo um balanço geral das mudanças implementadas no modo World Tour, o saldo é positivo.

Fica agora a torcida para que este modo seja expandido com o tempo, recebendo mais pistas e países.

Modo Playground

Aqui encontraremos duas modalidades diferentes.

A primeira é a “Corrida Online”.

Conforme descrito no subtítulo do menu: corra online contra outros jogadores.

Teoricamente seria uma modalidade PvP, e a única maneira de jogar o multiplayer com uma pessoa aleatória (explico melhor na seção multiplayer).

Simplesmente selecionamos um carro, e o jogo passará 20 segundos tentando encontrar alguém que esteja jogando este mesmo modo.

Caso encontre, irá nos colocar numa mesma corrida com esta pessoa e todos os outros carros do Grid, controlados pela inteligência artificial do jogo.

Caso não encontre, iniciaremos nossa corrida somente com os adversários controlados pela máquina.

A ideia é interessante, mas na prática parece não funcionar muito bem.

Simplesmente porque no momento não existem muitas pessoas dispostas a encarar este confronto.

Das mais de 50 corridas que joguei até o momento neste modo, em apenas uma delas encontrei um adversário.

E mesmo assim parecia ser alguém de longe, porque meu adversário se “teletransportava” pela pista, sintoma de conexão fraca ou distante.

De qualquer maneira é um modo legal, mesmo enfrentando somente a máquina.

A simples possibilidade de correr em pistas aleatórias é uma ótima alternativa após terminar o jogo.

A segunda modalidade é chamada “Desafios”.

Aqui temos uma série de 5 desafios, que são renovados de tempos em tempos.

Encontraremos desde objetivos simples como terminar a corrida em primeiro, até os mais complicados, como terminar em primeiro sem nenhuma colisão.

Ou terminar em primeiro e não pegar nenhuma moeda na pista.

Também é divertido, e ajuda a prolongar o jogo.

Em qualquer uma dessas duas modalidades, juntamos pontos e créditos.

Os créditos entram em nosso saldo geral, sendo utilizados para aquisição de visuais, pinturas e melhorias (ao subir de nível).

Os pontos preenchem uma barra de progresso, onde cada nível destrava uma recompensa imediata.

Estas recompensas vão desde uma quantidade de créditos, até novas pinturas ou visuais para os carros.

O conjunto de recompensas também é renovado de tempos em tempos.

Modo Torneio

Outro velho conhecido dos fãs do primeiro jogo.

Temos torneios divididos nas dificuldades amador, profissional e mestre.

Dentro de cada uma dessas dificuldades temos vários torneios, onde cada um deles contém um conjunto de quatro pistas.

A dificuldade é ajustada daquele modo que já conhecemos.

Nos torneios mais fáceis temos pistas mais simples, e também um nivelamento mais baixo nos upgrades dos carros.

Ou seja, nos mais fáceis as corridas terão velocidade menor, assim como ocorre no início do modo World Tour, quando nossos carros não têm upgrades.

Naturalmente nos mais difíceis teremos pistas mais complicadas, e a velocidade insana dos carros totalmente equipados.


Multiplayer

O modo multiplayer local sempre funcionou muito bem desde o primeiro Horizon Chase, e também marca presença por aqui.

Entretanto, não havia multiplayer online.

Esta era uma das solicitações mais frequentes por parte dos fãs, e Horizon Chase 2 atendeu aos pedidos.

A qualquer momento podemos formar uma equipe, para curtir qualquer modo de jogo.

Temos basicamente três opções de equipes: formar uma equipe no multiplayer local, criar uma “sala” para receber as pessoas em nosso time, ou entrar na equipe de alguém.

É importante observar que atualmente esta sala não funciona como um lobby tradicional, em que pessoas de todos os lugares podem entrar.

Isto porque ao criar uma sala, o jogo nos fornece um código, que devemos passar para os amigos que desejamos trazer para nossa sessão.

Entrar na sala de alguém também exigirá que tenhamos um código.

Ou seja, o multiplayer online existe, mas não da forma aberta que a maioria das pessoas clamava.

O mais surpreendente aqui é poder desfrutar disso em qualquer um dos modos.

Inclusive no modo Playground, o único lugar em que o jogo busca por um adversário para partidas PVE.

Aproveito para lembrar que existe crossplay entre as versões Switch e PC.

Como disse anteriormente, não consegui testar muito bem a porção multiplayer do jogo, por falta de jogadores.


Versão PC X Versão Mobile

Pouco antes de colocar as mãos na versão PC, consegui acesso a um aparelho para testar a versão mobile.

Em relação ao jogo em si, não detectei grandes diferenças.

Testei num Iphone, e tudo funciona muito bem.

Não consegui testar num Ipad, mas com certeza numa tela maior ficaria ainda mais legal.

Entretanto, detectei duas diferenças importantes em relação às funcionalidades.

Na versão mobile naturalmente não temos o multiplayer local, com divisão de tela.

Apenas o multiplayer online, nos mesmos moldes da versão PC, com a criação de salas.

A outra diferença é em relação aos controles.

Para facilitar a jogabilidade com toques na tela, temos diferentes opções.

Por exemplo, temos um modo onde apenas seguramos o acelerador, bastando soltá-lo para acionar o freio.

Existe também a alternativa clássica, de manter botões separados para acelerador e freio.

Dentre outras, que deverão agradar até mesmo aqueles que não estão acostumados a jogar no touch do celular.

Sendo assim, as versões são praticamente iguais, mas o multiplayer local torna a versão PC superior.

Outra grande desvantagem da versão mobile, é que não há como comprar uma cópia.

Se quiser jogar, terá que assinar o serviço Apple Arcade.

Até o momento, Horizon Chase 2 está disponível apenas para IOS.

Não temos nenhuma indicação de que haverá uma versão para Android.


Horizon Chase 1 X Horizon Chase 2

É difícil discordar que Horizon Chase já estava merecendo uma sequência.

Felizmente podemos dizer que esta é uma sequência digna.

Por isso resolvi falar um pouco sobre algumas das principais diferenças do jogo.

O objetivo aqui não é fazer uma comparação direta entre eles, e sim comentar sobre as funcionalidades presentes em cada um.

Seria injusto com Horizon Chase 1, porque o mesmo foi lançado a quase 10 anos atrás.

Ao mesmo tempo seria injusto com Horizon Chase 2, visto que depois de tantos anos crescendo, o primeiro jogo tem muito mais conteúdo.

Pois bem, além do salto gráfico e do refinamento nas mecânicas de jogo, temos diferenças consideráveis em relação à progressão.

No primeiro jogo, quase todos os países que visitávamos tinham uma “Corrida de Melhoria”.

Bastava vencer este evento e escolher uma peça, para que a melhoria fosse aplicada em todos os carros do jogo.

Aqui em Horizon Chase 2, é necessário evoluir cada carro individualmente.

Todos os veículos possuem uma “barra de experiência”, e cada vez que subimos de nível ganhamos acesso a uma unidade de melhoria, a ser aplicada somente nele.

Além das melhorias para desempenho do carro, aqui no segundo jogo temos diversos itens cosméticos.

Pessoalmente gostei muito desta mudança, que acaba sendo mais um motivo para seguir jogando.

Os modos de jogo são muito parecidos, porém no primeiro título naturalmente temos mais alternativas.

O modo multiplayer com tela dividida para até quatro jogadores está presente em ambos.

Com a diferença de que no segundo jogo temos o multiplayer online.

Aqui preciso comentar que um dos defeitos mais irritantes do primeiro jogo foi corrigido.

Ao fazer a largada perfeita, era quase impossível desviar do carro da frente, o que praticamente inutilizava o boost inicial.

Na sequência isso foi melhorado, até mesmo pelo já mencionado ajuste no ritmo das corridas.

É algo que só me aconteceu algumas vezes com o carro de maior aceleração do jogo, mas nada tão irritante.

Por fim, é estranho dizer que em alguns aspectos o segundo jogo parece ter regredido.

Por exemplo, ainda que seja mais singela, achei que a apresentação visual do primeiro jogo continua sendo superior.

Mais detalhada, transparecendo maior capricho.

Principalmente na visualização dos carros e animações como a do pódio, no modo torneio.

Outro ponto que considero um retrocesso é a falta da câmera de dentro do carro.

Por mais que no primeiro jogo esta opção de câmera só estivesse disponível na DLC Senna Sempre, seria bem legal se tivesse sido implementada logo de início nesta sequência.

Poderia até ser com um painel genérico em todos os carros, somente para oferecer esta alternativa tão importante.

Temos apenas doze veículos nesta versão, então não parece ser algo impossível.

Dito tudo isso, de modo geral o segundo jogo justifica sua existência.


Minha Experiência Com Horizon Chase 2

Horizon Chase 2 é uma boa sequência, e tem muito potencial para receber expansões tão boas quanto as do primeiro título.

Mas só o tempo irá dizer se este jogo irá de fato chegar mais longe que seu antecessor.

Ou se o futuro de Horizon Chase 2 será se tornar apenas uma plataforma de itens cosméticos, como tem sido habitual nos jogos da Epic.

Fiquei satisfeito com a versão PC, mas confesso que esperava mais em alguns aspectos.

Até mesmo os gráficos, que claramente representam o maior salto de qualidade, continuam não tirando muito proveito de sua construção em 3D.

Coisas simples como um botão de visão traseira ou um retrovisor fariam grande diferença.

Esta é uma situação que me deixa a impressão de que Horizon Chase segue a filosofia de manter tudo simples, para rodar em todas as plataformas possíveis.

No primeiro jogo isto fazia sentido pois tudo precisava ser simples e eficiente, sendo até mesmo um grande mérito da equipe de design.

Mas neste aqui fica a impressão de que tudo foi desenvolvido mirando nas limitações, e não no potencial.

Parece haver um equilíbrio delicado, como se a menor alteração fosse capaz de fazer tudo desmoronar.

Apesar de tudo, o que mais esperava de Horizon Chase 2 eram novos modos de jogo, maneiras mais criativas de aproveitar esta jogabilidade tão boa.

Que tal se, por exemplo, para tornar o jogo mais desafiador, houvesse uma opção câmbio manual?

Pessoalmente acho que aumentar a velocidade do jogo para deixá-lo mais difícil não funciona tão bem, especialmente da metade para a frente do modo World Tour.

Assim como no primeiro jogo, as últimas fases acabam sendo as mais chatas por causa disso, e não tanto pelo traçado mais difícil das pistas.

Um modo de torneios customizáveis, onde pudesse escolher as pistas e o nível dos carros, já me deixaria muito contente.

Claro que tudo o que digo aqui é com base nesta primeira versão, pode ser que futuramente o estúdio implemente muitas novidades e preencha todas as lacunas.

Alguns destes pontos eram totalmente compreensíveis quando o estúdio Aquiris atuava por conta, com as limitações de um estúdio Brasileiro.

Mas talvez deixem de ser, agora que o estúdio está sob a tutela de uma gigante do mercado.

Falando nisso, a coisa menos Brasileira que temos neste jogo é seu preço.

A etiqueta de R$112,50 torna este título menos convidativo aqui em nosso Brasil.

Indo na contramão do primeiro jogo, que era muito mais acessível.

No fim das contas Horizon Chase 2 é mais bonito, mais perfumado, porém é mais do mesmo.

Não é nada mau, quando set trata de Horizon Chase.

Porém fica um sentimento de que esta sequência poderia sim ter ido muito além.


Vale a Pena?

Nesta primeira versão tive uma mistura de sentimentos.

De um lado a alegria de simplesmente poder jogar mais Horizon Chase, em versão melhorada.

De outro, a sensação de que esta sequência poderia ser muito mais que um upgrade gráfico com ajustes de gameplay.

Realmente não consegui evitar a sensação de que tudo foi subaproveitado, que o verdadeiro potencial não foi liberado.

Mas o jogo entrega qualidade, pensar no que ele poderia ter sido não ofusca o brilho do que ele realmente é.

Esta é uma franquia que me rendeu muitas horas de diversão, e com este jogo não tem sido diferente.

Enquanto isso, ficarei na torcida para que a Epic Games invista nesta equipe, e Horizon Chase 2 possa ter um futuro brilhante.

Importante destacar que embora tenha conseguido testar a versão mobile, não tive acesso à versão do Nintendo Switch.

Portanto não há como saber as condições da mesma.


Veredito

Sinal Amarelo

A primeira pergunta que eu faria a alguém antes de recomendar Horizon Chase 2 é: você já jogou o primeiro título e extraiu dele tudo o que podia?

Mas jogar mesmo, curtindo todas as DLCs.

A segunda pergunta seria: você pretende jogar o multiplayer online com os amigos?

Se sua resposta for não para essas duas perguntas, o mais indicado é que espere por uma boa promoção.

É possível curtir o primeiro jogo tranquilamente, aguardando um preço mais convidativo.

De qualquer forma temos aqui um ótimo jogo, com muitas horas de diversão em potencial.

Então se você for fã de corrida arcade e não quiser esperar, é provável que fique satisfeito mesmo pagando o preço cheio.

Para quem estiver na dúvida, esperar um tempo para conferir se haverão atualizações significativas pode ser um bom critério de desempate.


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