Análise: Alex Kidd in Miracle World DX

O remake de Alex Kidd in Miracle World é algo feito de fãs para fãs, mas tem grande potencial para agradar até mesmo quem nunca ouviu falar do personagem.

Plataformas: Multiplataforma

Quando o anúncio de um remake de Alex Kidd in Miracle World surgiu na internet, me pegando de surpresa, fiquei muito empolgado e logo em seguida apreensivo.

Uma das primeiras memórias relacionadas a videogames que eu tenho, é jogar Alex Kidd na casa do meu amigo de infância. Mas eu realmente ainda era muito criança para entender bem o que acontecia ali na tela. Mais ainda para conseguir guardar uma memória totalmente viva.

Ainda assim, tenho um carinho enorme por este jogo. Não só por recordar desta oportunidade de jogar Alex Kidd In Miracle World diretamente em um Master System. Mas também porque cheguei a jogar Alex Kidd in the Enchanted Castle no meu Mega Drive e gosto muito do personagem.

No entanto Alex Kidd in Miracle World foi um jogo que eu realmente nunca mais joguei, principalmente por falta de oportunidades.

Ficou então um misto de alegria pelo retorno deste clássico, com a preocupação sobre o que encontraria aqui neste novo jogo. Será que os desenvolvedores preservaram a memória de Alex Kidd? Ou será que trazer este jogo de volta foi só uma sacada para obter um dinheiro rápido do pessoal mais nostálgico, e jogá-lo mataria minhas boas memórias do personagem?

Como seria depois de tanto tempo e de tantos jogos terem passado em minha vida, jogar novamente um dos primeiros jogos que eu vi?

A sensação era a de que alguém anunciou que uma pessoa que eu só vi uma vez na vida estaria prestes a me fazer uma visita e passar um tempo aqui em casa.

As memórias que eu tinha sobre esta pessoa eram boas, mas depois de tanto tempo será que ainda permaneceriam intactas? Depois de tanto tempo será que eu não deixei de conhecer esta pessoa e ela mudou tanto que seria o mesmo que conhecer alguém novo?

Muitas perguntas, muitas incertezas, mas Alex Kidd in Miracle World finalmente chegou e o sentimento de empolgação tomou conta, esqueci de todas estas preocupações.

Nessa hora o desejo por novas aventuras falava mais alto que qualquer memória.


Alex Kid in Miracle World Para Master System

Imagine só você, na época do Master System os jogos eram jogados em um controle que tinha somente um direcional digital e dois botões. Alex Kidd in Miracle World foi originalmente lançado em 1986 e nesta época não existiam grandes tutoriais dentro dos jogos, a história não vinha detalhada em grandes sequências de cenas cinematográficas e nem nada disso.

Boa parte deste valioso conteúdo vinha impresso no manual de instruções, um livreto que vinha dentro da caixinha do jogo e lhe ensinava detalhes sobre os controles e sobre como jogar, normalmente trazia também detalhes sobre a história do jogo e às vezes até descrições sobre cada um dos personagens.

Tudo bem que aprender a jogar um jogo que tem dois botões não era um grande mistério mesmo nos jogos antigos, mas às vezes era difícil sim descobrir certos tipos de interações específicas. Interessante observar como devido a esta limitação, muitos jogos usavam a primeira tela para guiar de maneira intuitiva o jogador a aprender como jogar, sem nem mesmo precisar escrever mensagens na tela, só no talento do game design.

Como já foi mencionado anteriormente aqui em nosso site, a parceria entre SEGA e TecToy foi muito importante para o sucesso de Alex Kidd (e da própria SEGA) aqui no Brasil. Existia até um kit que trazia Alex Kidd in Miracle World na caixa do Master System (na memória).

O trabalho primoroso da TecToy incluía também a localização do manual de instruções e inclusive o do Alex Kidd é muito legal, quem também tiver curiosidade ainda dá para encontrar na internet. Vale muito a pena, sério mesmo, principalmente se você for um jogador das gerações mais novas.

Era especialmente útil porque se houvesse alguma informação importante ou interessante em tela, estaria em Inglês e a maioria das pessoas não entenderia nada. O manual de instruções realmente tinha uma grande importância.

Mesmo entre minhas memórias um tanto quanto apagadas, uma das coisas que eu consigo me lembrar é que a música e os efeitos sonoros eram muito legais. Havia um prazer inexplicável em quebrar as pedras pelos cenários, vendo a mão grande do personagem quebrando tudo e os efeitos sonoros trabalhando em conjunto.

Não consigo explicar com palavras, mas mesmo com sua simplicidade havia algum ajuste nos controles, algum refinamento que já era capaz de transmitir uma certa sensação de peso do personagem.

Todos estes detalhes, além de demonstrarem o capricho que foi colocado no desenvolvimento do jogo, traziam personalidade e características que ajudaram a criar memórias em seus fãs, que mantiveram este personagem vivo até hoje, indo contra todas as probabilidades.

Se você estava com saudades do jogo clássico ou se sempre teve curiosidade de jogar para saber como ele é, pode apostar que Alex Kidd in Miracle World tem ótimas surpresas guardadas para você.


Alex Kidd in Miracle World DX

Capa Alex Kidd DX
A música tema toca em minha mente, só de olhar esta imagem!

Pode acreditar, mesmo com as atualizações e evoluções, Alex Kidd continua sendo um jogo simples, jogado basicamente com os mesmos botões de pulo e soco.

Inclusive se você teve a curiosidade de procurar imagens do manual do jogo original de Master System, poderá observar que praticamente tudo que está lá ainda funciona aqui também.

A jogabilidade recebeu sim refinamentos e ajustes, mas em geral gostei muito do que foi feito. Conseguiram encontrar um meio termo entre controles mais modernos, sem perder a essência.

Dentro deste conceito bem clássico, ainda jogamos somente pulando e dando socos, mas pode acreditar que não é tão simples quanto parece. Aprender como a velocidade e o pulo funcionam neste jogo é tão fundamental quanto compreender a importância de pensar antes de cada ação, e observar o tempo certo para cada uma delas.

Era uma das partes que mais me preocupavam, pois se não caprichassem nos controles, todo o restante trabalho poderia sucumbir e ir por água abaixo.

Pessoalmente gostei bastante dos controles e achei os mesmos suficientemente precisos e bem ajustados. Mas você com certeza precisará de um tempo de jogo para treinar e se adaptar, sobretudo se não estiver acostumado com jogos “retrô”.

A principal diferença em relação aos comandos é que agora para usar itens especiais existe um botão específico para usá-los sem a necessidade de ir ao menu de inventário. Caso tenha mais de um item especial em seu estoque, poderá alternar entre eles com os botões de cima do seu controle (L1 e R1), usando aquele que desejar.

As informações principais como a quantidade de vidas e dinheiro agora ficam em tela também.

Mas com certeza a primeira coisa que salta aos olhos é a qualidade visual!

A atualização gráfica ficou linda, não apenas trazendo cores e efeitos que saltam aos olhos, mas também uma “tradução” do visual do próprio Alex Kidd!

Na versão original, mesmo que no manual do jogo fosse claramente descrito que era apenas um menino (ainda que fosse de outro planeta), muitas pessoas o conheciam como menino macaco, pelo formato de suas orelhas, mas principalmente por falta de conhecimento e porque os visuais simples dos jogos antigos deixavam bastante espaço para a imaginação.

Algumas pessoas dizem que também foi pelo fato de ter sido inspirado pela lenda do rei macaco, outras por originalmente ter sido concebido para ser um jogo de Dragon Ball, mas de qualquer forma o fato é que o apelido pegou.

Nesta nova versão nada é deixado a cargo da imaginação do jogador e o design do personagem ficou incrivelmente carismático. O garotinho caricato está sorridente e agora fica em uma posição diferente, de frente para a nossa tela na maior parte do tempo e não mais de lado. Gostei muito também do detalhe da faixa que ele tem em sua roupa, que possui uma animação própria.

A primeira grande surpresa para os fãs do clássico é que pressionando o botão R2 ocorre uma transição que deixa o jogo com visual e sons antigos! Você poderá fazer isso a qualquer momento, bastando pressionar o botão novamente para voltar ao visual atualizado, alternando quantas vezes quiser e a qualquer momento.

Este belíssimo recurso traz consigo de maneira discreta, uma evidência da quantidade de trabalho que foi investido nesta versão.

Isto porque a versão DX trouxe novas fases, novas músicas e até mesmo novos inimigos. Todos estes recursos foram criados para o jogo novo, mas foi feito o processo inverso para “traduzir” cada um destes elementos também para o visual antigo!

É tudo tão consistente com a ideia original que se você também não conhece o jogo antigo do começo ao fim, caso decida jogar a versão nova somente usando o visual antigo, não vai nem desconfiar que está jogando uma fase nova ou matando um inimigo que originalmente não existia.

Esta adaptação não ocorreu somente com os desenhos das fases e dos inimigos, mas também com as músicas. Enquanto as músicas clássicas receberam arranjos totalmente novos, as músicas novas também receberam sua versão correspondente ao estilo antigo.

Pessoalmente adorei o trabalho que foi feito em todas estas frentes. As novas fases, músicas e inimigos são muito bem feitos, mostrando todo o carinho e um tratamento exemplar quando estamos falando de um remake.

A adição de novas fases ajudou a aumentar naturalmente o tamanho do jogo, evidenciando também pela ótima qualidade que existe potencial até para um novo jogo do Alex Kidd!

Aumentar a duração do jogo de maneira natural e caprichada se mostrou uma decisão totalmente acertada, uma vez que este aumento veio para ajudar a equilibrar algumas facilidades que foram incluídas nesta versão DX.

Na época do Master System os jogos eram bem difíceis. Não existiam savegames e o mais comum é que se o jogador perdesse todas as vidas, voltasse ao começo do jogo, sem nenhuma piedade. Consequentemente os jogos acabavam durando mais tempo. Terminar um jogo também não costumava causar a imediata perda de interesse e continuávamos jogando e jogando.

Alex Kidd DX continua sendo um jogo com dificuldade acima da média para os dias de hoje, mas desta vez ao perdermos todas as vidas podemos pegar um “continue” e ao invés de voltar ao início do jogo, voltamos ao início da fase. A única decisão um pouco estranha aqui é que se pegarmos um continue, ao reiniciarmos a fase nosso dinheiro é zerado, algo que pode fazer toda a diferença principalmente em fases onde podemos comprar veículos. O jogador é desafiado então a passar a fase sem nenhum recurso auxiliar.

Se mesmo com os continues o jogador achar que está complicado, existe como habilitar no menu a qualquer momento a opção de vidas infinitas.

Ao ativar esta opção os desafios e achievements do jogo serão desativados, mas por outro lado poderá ser um recurso decisivo para que o jogador aprenda a passar por uma fase, ao invés de simplesmente abandonar o jogo de uma vez por todas.

Ao meu ver é uma boa decisão principalmente para não espantar novos jogadores.

No meu caso achei a duração muito boa para um jogo do tipo. Jogando sem pressa e descobrindo como passar as fases sem recorrer a guias e dicas, levei pouco mais de quatro horas e meia. Depois de aprender mais sobre as fases, armadilhas e inimigos, naturalmente terminar outras vezes vai ficando cada vez mais rápido.

Também é algo que pessoalmente não me afetou porque continuo me divertindo com o jogo e repetindo as partidas em busca de cumprir os desafios, um deles é o de coletar alguns itens especiais que estão espalhados em alguns lugares mais difíceis de acessar.

Mas de fato se não fossem as fases adicionais, existiria um risco de que com as facilidades de continues e vidas infinitas o jogo ficasse curto demais.

Não pense que acabou por aqui, ainda temos a cereja do bolo: após terminar o jogo pelo menos uma vez, ganhamos acesso ao modo clássico!

Diferente do modo clássico ao qual temos acesso durante o jogo com o pressionar de um botão, este modo é, nada mais nada menos, que uma versão totalmente fiel do jogo original de Master System reprogramada por estes desenvolvedores e disponibilizada aqui como um extra. Você poderá se divertir jogando o clássico e ainda terá como comparar tudo o que foi alterado e acrescentado nesta versão DX.

É realmente incrível e exemplar, algo que todo o remaster deste tipo deveria copiar.

Por último, mas não menos importante e também acessível após terminar pelo menos uma vez o jogo principal, temos o modo “Desafio dos Chefões”, onde temos que enfrentar todos os chefões em sequência. Um ótimo desafio que serve também para enfatizar a alta qualidade do retrabalho que fizeram nas batalhas de chefes.

Levando em consideração a proposta do jogo e a forma coerente como tudo foi entregue, fica bem difícil apontar pontos negativos.

Gostaria de ver algumas melhorias como a navegação no menu de pausa, por exemplo, que não é das mais agradáveis e merece um retrabalho, ainda que seja um recurso pouco utilizado ao longo do jogo. Talvez uma opção para reiniciar as fases cairia bem, mesmo que fosse liberada após terminar o jogo ao menos uma vez.

Seria bem legal também se conseguissem acrescentar algum material extra, como por exemplo artes conceituais, pôsteres e quaisquer outros materiais que conseguissem trazer desta versão e recuperar do jogo antigo.

Todas estas arestas podem ser aparadas com atualizações, ainda que algumas pareçam improváveis. Ainda assim nada disso tira o brilho desta versão e o melhor conteúdo extra (modo clássico) já está incluso.


Vale a Pena?

Como vocês podem perceber, aqui na Bigode Games também amamos jogos clássicos.

Embora a nossa vontade seja sair pelo mundo gritando para que todas as pessoas adquiram uma cópia desta pérola, por melhor que este jogo seja, não podemos deliberadamente tentar aumentar a empolgação em torno dele.

A chegada de Alex Kidd foi justamente o que nos motivou a escrever sobre nossas reflexões acerca do valor e do preço de um jogo.

Isto porque Alex Kidd é um perfeito exemplo de como o mesmo jogo pode ter um valor muito diferente para as diferentes pessoas e públicos.

Para o público que joga a mais tempo, é a oportunidade de jogar uma versão completamente nova de um clássico que jamais imaginariam que um dia fosse retornar. É algo bem feito o suficiente para fazer com que mesmo um jogador antigo se sinta criança de novo, jogando um jogo de sua infância pela primeira vez, outra vez.

É algo impagável, uma experiência extremamente valiosa e poderosa.

Por outro lado, para o público que joga a menos tempo, existe a possibilidade de que mesmo sendo um jogo bem feito e bem polido, este histórico não signifique muita coisa ou não tenham nenhum apreço por jogos clássicos. Algo que certamente faz as coisas mudarem um pouco de figura.

Alex Kidd é o que é: um jogo simples, feito para ser jogado e rejogado inúmeras vezes. A mistura que ele traz e a oportunidade que ele oferece são realmente únicas! Não há como comparar este jogo diretamente com outros.

Achamos o jogo incrível e em nossa opinião, dentro de nossos critérios, o preço pareceu justo pelo que é oferecido. As chaves do jogo que utilizamos nesta análise foram compradas por nós mesmos, com nossos próprios recursos (na Steam/PC), não tendo sido fornecidas por ninguém. Algo que reforça nosso sentimento em relação ao valor e o preço de Alex Kidd DX.

Mas com o preço atual dos jogos vale a pena reforçar a importância de que antes de investir, avalie bem por seus próprios critérios. Ainda mais neste caso, que é tão singular.


Conclusão

Alex Kidd DX Screenshot
Nem mesmo com a minha imaginação de criança o clássico ficava bonito desse jeito!

Alex Kidd in Miracle World DX nasceu como um projeto feito por fãs e após conseguirem os direitos para trabalharem oficialmente com o personagem, tudo só foi melhorando, conseguiram meios para incrementar cada vez mais este projeto.

Entregaram realmente um jogo com o nível e capricho que o personagem e todos os fãs sempre mereceram. O amor com que tudo foi feito fica evidente a cada momento!

Gostei demais de ficar alterando entre os visuais novo e antigo, inicialmente chega a dar até uma sensação de alteração de escala. Mas depois de acostumar é muito legal ficar observando como cada detalhe foi implementado e traduzido entre as versões. Algo realmente especial.

Também foi um deleite poder jogar novamente o jogo clássico após terminar e ver o quão competente este jogo foi mesmo em uma época tão distante. Com certeza reativou muitas memórias que estavam guardadas em algum lugar bem remoto da minha mente.

O trabalho feito aqui prova que se realmente desejarem, Alex Kidd tem potencial para renascer e receber novos jogos. Principalmente se optarem por trazer algo neste mesmo formato, moderno, mas com um pé no clássico.

Talvez modernizar Alex Kidd in the Enchanted Castle, com licença poética para implementação de melhorias mais drásticas, uma vez que não foi muito bem aceito pelos fãs na época.

Ou a criação de algo totalmente novo, com nova história e fases inéditas.

Só o tempo e as vendas dirão se algo realmente acontecerá.

Mas o fato é que Alex Kidd in Miracle World é o jogo mais querido do personagem e a versão DX é um trabalho concluído com sucesso. Isso já é uma certeza que ninguém mais pode tirar dos fãs!

Nota Final

89/100

Positivo

+ Design gráfico incrível, com destaque para a adaptação visual;
+ Músicas excelentes;
+ Jogo clássico veio no pacote.

Negativo

– A navegação pelo menu de pausa poderia ser melhor;

É um jogo que faria o Bigode e seus clientes contentes, ao mesmo tempo. Você não conseguiria alugar este jogo neste final de semana, certamente seria muito disputado.

Uma experiência poderosa que pode transformar velhos jogadores em crianças novamente, ou transformar jovens jogadores em marmanjos jogadores de fliperamas e de jogos antigos, instantaneamente.

Apara muitas arestas e realiza ajustes em falhas de um jogo vindo de uma era onde não existiam fórmulas prontas, e a falta de maturidade do próprio gênero de plataforma ainda causava algumas inconsistências.

Soubemos que já existem relatos de jogadores jovens pelo mundo que conseguiram terminar a versão nova e a clássica disponíveis aqui, e observaram que imediatamente um bigode cresceu em suas faces.

A Jankenteam e a Merge Games estão realmente de parabéns!


Comprar, Esperar ou Deixar Passar?

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Barry

Se eu tinha alguma dúvida sobre este jogo, elas sumiram assim que joguei a versão de demonstração.

Gosto muito de jogos de plataforma e colocar as mãos em um jogo que funciona de uma forma diferente dos jogos atuais, já foi algo suficiente para me deixar grudado. Não que eu não goste dos jogos atuais, mas sim pela alegria de jogar algo bastante diferente mesmo.

Fiquei ali aprendendo as mecânicas, apanhando, mas me divertindo a cada momento. Já terminei várias vezes e ainda continuo voltando para tirar minhas partidas no final do dia.

É sensato lembrar que Alex Kidd surgiu como um projeto de fãs para fãs, que seu escopo não é inovar e nem reinventar a série.

O ritmo do jogo é diferente: exige paciência, concentração e a precisão que só será obtida dominando as mecânicas depois de apanhar o suficiente.

Dentro de sua proposta, sinceramente achei o jogo maravilhoso. Praticamente um registro histórico e algo único não somente para os fãs do personagem, mas também para os fãs de plataforma.

Preservar o núcleo da experiência foi uma decisão extremamente acertada na minha opinião.

Recomendo a compra no PC. Principalmente se você for fã de jogos antigos ou se você for um jogador novo, em busca de uma experiência diferente em jogos de plataforma.

Se for jogar nos consoles, vale a pena comprar a versão digital caso seja fã e queira prestigiar este tipo de jogo. Já a versão em mídia física está bem acima do preço no momento.

Marcao_Portrait

Marcão

Também não vivi intensamente a época em que o jogo foi lançado. Fazendo os cálculos, tinha grandes chances de não gostar deste jogo.

Mas tem algo neste jogo que realmente o torna único e certamente este algo não é somente a nostalgia.

Acho que o jogo me pegou pela vontade de ver a próxima fase e é engraçado como ao invés de ficar frustrado quando errava, tinha vontade de continuar tentando aquele pulo ou aquele combate até passar.

Se o amor dos fãs é tão grande a ponto de criar algo desse tipo e ressuscitar um jogo com as próprias mãos, eu entendo que com certeza tem algo aqui que vale a pena ser visto. Desta vez não foi diferente e não me arrependi nem um pouco de jogar.

Não recomendaria a compra com o preço cheio para todo mundo. Porém com o desconto certo, este jogo é sim recomendado para todo mundo que gosta da diversão simples dos jogos antigos.

Pepe_Portrait

Tio Pépe

Alex Kidd, ao lado de apenas um punhado de outros personagens, estava aqui quando isso tudo era mato. Alex Kidd In Miracle World foi um dos jogos que criaram uma estrada que todo mundo que veio depois pôde percorrer.

Continua muito divertido. Além de ser muito gostoso jogar algo com visual renovado, preservando a sensação do jogo antigo.

Este remake é uma bela e merecida homenagem a um personagem que torcemos para que um dia possa voltar a brilhar em jogos inéditos.

Consigo enxergar com muita facilidade Alex Kidd em jogos inéditos, renovando a criatividade e se beneficiando da tecnologia atual.

Mas neste aqui eu não mudaria nada, está tudo no devido lugar. Foi disparado a melhor surpresa que tive neste ano até agora!

No PC vale a compra a preço cheio, já nos consoles vale a pena esperar desconto. O preço da versão digital ainda está aceitável mas o da mídia física está totalmente fora da realidade.

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