Trago hoje mais um episódio de minha jornada pelos clássicos Nintendo.
Desta vez sobre minha parceria com o simpático Mario.
Uma jornada inédita, na perspectiva de um fã da SEGA.
Este foi o ano de Super Mario aqui na Bigode Games.
Não pelo lançamento Mario Wonder, pois nem sequer tive contato com este jogo ainda.
Mas sim porque foi o ano em que resolvi uma pendência antiga: terminar Super Mario World.
Já tive a oportunidade de dizer várias vezes que iniciei minha jornada no Mega Drive, e a SEGA sempre foi minha favorita.
Apesar disso, nunca tive problemas com a Nintendo.
A disputa entre SEGA e Nintendo rolava solta naquela época, várias pessoas viviam nesta rivalidade.
Algo semelhante com o que vemos hoje entre Sony e Microsoft, com a diferença de que tudo acontecia pessoalmente, numa realidade em que ainda não haviam redes sociais.
Eu fazia parte da turma que não estava nem aí para isso.
Curtia meu Mega Drive e não trocaria ele por um Super Nintendo, mas certamente teria ambas as plataformas se pudesse.
Entretanto, o preço dos consoles e cartuchos forçavam a mim e à maioria das pessoas a optarem por uma das plataformas.
Meu grupo de amigos era composto basicamente de pessoas que jogavam em todas as plataformas.
Trocávamos informações, relatos, e ocasionalmente surgia a chance de jogarmos juntos.
Desde aquela época escutava seguidas vezes: “Você precisa jogar Super Mario World!”, “Você precisa jogar Super Metroid!”.
Muitas foram as recomendações de jogos do Super Nintendo, mas Super Mario e Super Metroid foram as que mais ouvi desde sempre.
Jogando Super Mario World Pela Primeira Vez
Num belo dia, ainda na geração 16 bits, tive a oportunidade de jogar Super Mario World.
Joguei algumas fases e apesar de achar interessante, confesso que não fiquei impressionado.
Não foi por birra, nem mesmo por fazer algum tipo de comparação com Sonic.
Talvez tivesse chegado com as expectativas elevadas demais.
Ou talvez já estivesse com saudades do meu Mega Drive, que me esperava lá em casa.
O fato é que havia começado com o pé esquerdo com Super Mario, e isso ficou marcado em minha mente.
O tempo foi passando, e ao longo de toda a minha vida segui ouvindo recomendações de jogos da Nintendo, sem ter a oportunidade de jogá-los.
Super Mario World e Super Metroid seguiam sendo os campeões de indicações.
A Jornada Em Super Metroid
Em 2023, finalmente tive a oportunidade de jogar Super Metroid.
Muitas coisas aconteceram desde a geração 16 bits até 2023, muitas plataformas passaram.
Mas ali estava minha oportunidade de resolver de uma vez por todas esta pendência com o passado.
Super Metroid era totalmente inédito para mim!
E valeu a pena, este sim me deixou impressionado.
Cheguei a documentar minha jornada nas redes sociais e até a escrever aqui.
Compartilhando este momento raro, afinal não é sempre que alguém joga Super Metroid pela primeira vez hoje em dia.
Terminei muito agradecido a todos que me recomendaram o jogo, ao longo de tantos anos.
E a todos os que me acompanharam e incentivaram na jornada.
Mas o que isso tem a ver com Super Mario?
Foi algo que simplesmente me motivou a dar uma nova chance para Mario e sua turma.
Super Metroid havia sido meu primeiro passo dentro do universo Nintendo, um local que eu conhecia tão pouco.
Donkey Kong Country foi o segundo.
Mas era chegada a hora de acertar minhas contas com o passado, o momento de encarar Super Mario World havia chegado.
Super Mario World – A Jornada
E lá estava eu, um cara que cresceu no mundo da SEGA, finalmente passeando por alguns dos locais mais famosos do universo Nintendo.
Super Mario World é bonito, charmoso, mas não me causou o mesmo efeito de Super Metroid.
Havia ali um ótimo jogo, que continua causando uma impressão bem positiva.
Porém a aventura não me fisgou.
Dessa vez estava jogando sem colocar expectativas, sem fazer comparações, por isso fiquei mais decepcionado ainda.
A aventura seguiu arrastada, sem muita emoção, em alguns momentos quase a abandonei.
Mas não podia deixar a oportunidade passar, precisava terminar este jogo e resolver a pendência.
E foi assim que terminei Super Mario World, num clima não muito favorável.
Algo estava errado, o primeiro pensamento que passou por minha mente foi: “Não é possível que este seja o Mario que todo mundo ama”.
Este é o momento em que o fã da Nintendo talvez fique meio bravo comigo, mas esta foi a realidade.
Finalmente poderia dizer que terminei Super Mario World, mas fiquei chateado.
Apesar de não ter detestado o jogo, queria muito ter gostado dele pra valer.
Minha jornada em Super Mario World havia terminado.
Porém algo dentro de mim dizia que aquela pendência ainda não estava resolvida.
Super Mario Bros 3 – Uma Nova Esperança
Ao longo do tempo, me informei um pouco mais sobre a jornada de Mario no mundo dos games.
Conhecia pouco sobre o personagem e sua sequência de jogos, que sempre me pareceu um tanto confusa.
Decidi então embarcar numa nova jornada.
Uma nova tentativa, desta vez com a versão mais recente de Super Mario Bros 3.
Me parecia um pouco improvável que este jogo mudasse alguma coisa, sendo que nem mesmo o lendário Super Mario World havia me encantado.
E convenhamos, se já é meio raro conhecer Super Mario Bros 3 em 2023, imagino que jogá-lo depois de Super Mario World seja mais raro ainda.
Nada disso me impediu, e ali estava eu, formando novamente uma parceria com o encanador bigodudo.
Passei a primeira fase e gostei.
A segunda foi ainda mais legal.
Quando me dei conta, não queria mais largar o jogo!
Era isso, eu finalmente tinha entendido o que leva tantas pessoas a gostarem de Super Mario!
Inexplicavelmente este jogo havia me fisgado.
Super Mario Bros 3 é bonito, gostoso de jogar e na minha opinião tem muito mais charme que Super Mario World.
Sua trilha sonora, seu level design, tudo é muito bom!
Me pareceu ser bem mais desafiador, mas de um jeito tão divertido que me incentivou a querer jogar mais e mais.
Assim permaneci, até terminá-lo.
Uma jornada que se desenrolou de maneira totalmente diferente, e que finalmente me fez entender o sucesso de Super Mario.
Agora sim, a missão que teve início lá na geração 16 bits havia sido concluída.
Super Mario e Super Metroid estavam em minha bagagem.
Se você me perguntasse se me lamentei por não ter conhecido este jogo antes, diria que não.
Para tudo tem um tempo, e diria que este foi o momento certo para conhecer Super Mario.
Antes tarde do que nunca!
O Fim De Um Capítulo
Não poderia deixar de compartilhar com você algumas coisas que aprendi com esta jornada.
A primeira delas é que tudo isso só foi possível porque não me fechei a uma só plataforma.
A SEGA continua sendo minha favorita, e ter gostado do universo Nintendo não interferiu em nada disso.
Foi algo que somente enriqueceu minha bagagem no mundo dos games, mesmo após tantos anos de jogatina.
É incrível como após tanto tempo as pessoas ainda continuam se fechando para bons jogos, simplesmente porque estão na “plataforma rival”.
Se isso me fez gostar mais de Mario do que de Sonic?
Não, Sonic segue sendo meu favorito, com muita sobra.
Mas na minha opinião a comparação entre Sonic e Mario nunca fez muito sentido, para começo de conversa.
Suas propostas são diferentes, cada um colabora à sua maneira com o mundo dos games.
Ambos são incríveis, e ao meu ver qualquer comparação só serve para tentar limitar a importância de cada um deles.
Além do mais, não há como ignorar que existe um fator afetivo aqui.
Dificilmente alguém que cresceu jogando Sonic passará a preferir Mario.
Do mesmo modo que alguém que cresceu jogando Mario dificilmente irá gostar mais de Sonic.
E isso nem é por má vontade, é somente por identificação mesmo.
Não vejo isso como uma prova da rivalidade, e sim de que são jogos diferentes e brilhantes, cada qual ao seu estilo.
E mesmo que o ouriço ainda seja incomparável para mim, o universo de Super Mario finalmente conquistou um lugar em meu coração.
Será que após jogar Super Mario 3 terei uma outra visão ao tentar jogar Super Mario World novamente?
Não sei dizer.
Será que um dia terei a oportunidade de jogar outras aventuras do Mario?
Espero que sim, mas também ainda não tenho como saber.
O que posso dizer é que é legal demais procurar o melhor que cada plataforma tem a oferecer.
Bons jogos sempre serão bons, em qualquer sistema.
E quando um ótimo jogo é lançado, todo mundo sai ganhando, direta ou indiretamente.
Antes de encerrar, deixo aqui um convite para os amigos fãs de Mario.
Se você que está lendo for um fã de Mario, que nunca jogou Sonic na vida, sugiro que tente fazer uma jornada pelo universo do ouriço.
E pelo mundo da SEGA.
A jornada inversa da que fiz aqui.
Estou certo de que se você testar alguns jogos, irá ao menos entender o que nos torna tão apaixonados pelo Sonic e pela SEGA.
Então é isso, espero que tenha gostado da leitura.
Agradeço aos amigos fãs da Nintendo que foram tão gentis comigo, e entenderam que esta era a jornada de um leigo no universo desta marca.
Amigos que desde a época dos 16 bits até hoje em dia nas redes sociais continuaram me incentivando, compartilhando opiniões e indicações.
Um abraço, e continuem jogando!
Cap. Barry
A paixão por videogames surgiu à primeira vista, em algum lugar entre as gerações 8 e 16 bits
Falar sobre games sempre foi uma parte da diversão, eu e meus amigos passávamos muito tempo jogando e conversando sobre nossos jogos, na antiga locadora do Bigode, em casa e na escola.
Mesmo num mundo cada vez mais digital, encontrar pessoas apaixonadas por videogames e falar sobre nossos jogos continua sendo importante.
Decidi então fundar a iniciativa Bigode Games, um lugar onde falamos sobre o melhor que os videogames podem nos proporcionar.
Pouco a pouco vamos formando uma imagem de que ninguém na redação da Bigode Games jogou Super Mario na época, hahahaha
É verdade!
Ainda que tenha sido somente por falta de oportunidade.