Michael Jordan Chaos In The Wind City

Mais do que um bom jogo, um pedaço dos anos 90.


Gosto de acompanhar os jogos modernos, ficar por dentro dos lançamentos.

Mas também reservo um tempo para os jogos clássicos sempre que possível.

Me mantenho sempre atento, buscando por jogos que na época não pude conhecer.

Já encontrei algumas pérolas desta maneira.

E hoje venho compartilhar com vocês uma de minhas descobertas mais recentes: Michael Jordan Chaos In The Wind City.


Michael Jordan: O Pelé Do Basquete

Jordan é uma das maiores lendas do mundo dos esportes.

É o maior do basquete, e nos anos 90 estava literalmente voando pelas quadras.

Até mesmo aqui no Brasil houve um aumento de interesse pela prestigiada Liga Americana de Basquete nessa época.

O país do futebol acompanhou partidas do país do basquetebol.

Boa parte do mérito por este aumento de popularidade foi da Rede Bandeirantes, que sempre trouxe outras modalidades para a TV aberta.

Também tínhamos nossos ídolos do basquete, como o lendário Oscar Schmidt.

Mas a verdade é que Michael Jordan foi um daqueles casos que transcendem sua modalidade.

Não era só pelo esporte, e sim pelo prazer de presenciar algo histórico.

Quando lendas estão em ação, a qualquer momento podem fazer algo espetacular, quase sobre-humano.

Por isso quando Jordan estava jogando, mesmo quem não ligava para basquete queria assistir.

Algo parecido com o que o rei do futebol fazia, guardadas as devidas proporções, porque Pelé foi incomparável.

Desta forma, por aqui um de seus apelidos era “O Pelé do basquete”.

E claro, houve uma avalanche de produtos e produções envolvendo Jordan.

De uma forma ainda mais intensa do que vemos acontecendo hoje em dia com “o atleta do momento”.

Por aqui ele foi responsável pela febre dos Chicago Bulls, o time pelo qual atuava.

Bonés, camisetas, pochetes e até as clássicas carteiras com velcro, tudo tinha que ser do Chicago Bulls.

Ninguém sabia se o produto era licenciado, se tivesse o símbolo do touro já era suficiente.

E nessa onda de popularidade, Michael Jordan chegou a fazer até uma ponta no cinema, com o divertido Space Jam.

Ele também brilhou nos games, apesar de sua ausência em NBA JAM, um dos jogos de basquete mais queridos de todos os tempos.

Porém, como ele era um esportista, naturalmente aparecia sempre em jogos de esporte.

E na década de 90 o que estava pegando mesmo eram os jogos de plataforma.

Mas como levar uma lenda dos esportes para um jogo de plataforma? Isso seria impossível!

Deixa eu te contar uma coisa boa: nos anos 90 o impossível não existia.


Chaos In The Wind City

É isso mesmo que você leu, deram um jeito de colocar Michael Jordan num jogo de plataforma.

A responsável por esta proeza foi nada menos que a Electronic Arts!

Naquela época a Electronic Arts estava tão afiada quanto o próprio Michael Jordan.

Então se havia alguma possibilidade dessa mistura dar certo, a EA daria um jeito.

Dessa forma, o jogo que tinha tudo para ser uma bomba se tornou surpreendente.

A história é bem simples e direta.

Num dia de muito vento em Chicago, Jordan foi até o ginásio, com a intenção de treinar para uma partida beneficente.

Esta partida reuniria as maiores estrelas do basquete, mas chegando lá todos haviam desaparecido!

De repente, uma bola de basquete foi arremessada através do teto do ginásio.

Esta bola continha uma mensagem assinada pelo misterioso Dr. Max Cranium.

Nela, ele simplesmente dizia a Jordan que se quisesse salvar seus amigos, deveria aparecer num setor específico do museu da cidade, à meia-noite.

Lógico que ele não deixaria isso barato, e chegando no museu encontrou o caminho para uma prisão subterrânea, onde começa a aventura.

É ou não é algo digno dos anos 90?

Eles deram um jeito de colocar Jordan ali, e criaram uma situação que deixa mais perguntas do que respostas.

Não sei o que você achou, mas posso dizer que funcionou para mim.


Nada De NBA Jam

A primeira fase já tem aquele clima de casa mal assombrada, com portas misteriosas por todos os lados.

Mesmo sem o icônico uniforme dos Chicago Bulls ele não perde o estilo, e vai andando enquanto bate a bola no chão.

Como se realmente estivesse numa partida de basquete.

Screenshot de Michael Jordan Chaos In The Wind City

Os gráficos são bem legais, as animações boas, e os controles surpreendentemente bons!

Se por algum motivo você ainda não achou isso “tão anos 90”, vai mudar de ideia quando encontrar os primeiros inimigos.

Jogadores zumbis com cabeça de bola, aranhas mecânicas e drones em formato de olho.

Isso só poderia mesmo ser obra de algum cientista maluco.

Jordan ataca arremessando bolas de basquete, que também parecem ser especiais.

Porque sempre que ele arremessa uma bola, outra se materializa imediatamente em suas mãos.

Ou seria a mesma bola, que tem o poder de magicamente voltar para suas mãos?

Não sei dizer, só sei que de alguma forma toda essa maluquice se encaixa e faz sentido.

Temos um botão de pulo, um de ataque, outro de interação e mais um de pulo especial, que considero o mais legal de todos.

Isso porque o ataque normal é arremessar bolas em linha reta, mesmo quando usamos o pulo normal junto com o botão de ataque.

Mas quando usamos o pulo especial, o personagem arremessa a bola em direção ao chão, na diagonal.

Além de ser um movimento bem mais estiloso e servir para atingir inimigos específicos, tem ainda uma outra função.

Porque andando pelos cenários simplesmente encontramos tabelas de basquete espalhadas, e somente com este pulo especial conseguimos acertar a bola nelas.

Algumas dessas tabelas dão recompensas, e outras eliminam inimigos da tela.

Encontrei também uma que simplesmente quebra ao ser acertada, esta sim ao melhor estilo NBA Jam.

Acredite, tentar acertar essas tabelas é muito satisfatório!

Pouco importa que não faça nenhum sentido essas tabelas estarem ali, é algo divertido e isso basta.

É esse o raciocínio que gosto de ver num jogo de videogame!

Existem ainda bolas coloridas, que dão “efeitos de tiro” especiais.

O que explica Jordan segurando uma bola de gelo e outra de fogo na capa jogo.

Com todos estes recursos vamos explorando os cenários em busca de chaves para abrir as portas.

E atrás de algumas delas estão nossos companheiros, esperando para serem resgatados.


Uma Cesta De Três Pontos

Foi assim que fiquei preso neste jogo.

Um título que não me lembro de ter visto antes em toda a minha vida, não me criou nenhuma expectativa, e mesmo assim entregou muita diversão.

Acredito que este seja um jogo pouco conhecido até mesmo entre os fãs Brasileiros do Super Nintendo.

Até onde sei não existia na locadora do Bigode, e meus amigos donos de SNES nunca comentaram sobre esse título.

Essa mistura de elementos aleatórios e aparentemente sem sentido sempre fisga minha atenção.

Felizmente não foi algo feito de qualquer maneira, para levantar dinheiro com o nome de Michael Jordan.

Com certeza seria um ótimo jogo para procurar na locadora do bairro, e curtir no final pelo semana inteiro.

Sendo assim, fica aqui a recomendação.

Não só para este jogo, mas também para que adquira o hábito de procurar por outras pérolas no passado.

Existem muitos jogos bons, esperando para serem descobertos.

E é sempre um prazer compartilhar uma nova descoberta.

Você já conhecia Michael Jordan Chaos In The Wind City?

Compartilhe suas experiências sobre o jogo.

Se não o conhecia, e experimentou depois de ler esta recomendação, ficarei muito contente em saber suas impressões.

Um abraço e até a próxima!

Cap. Barry

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