Com a chegada da nova geração de games e consoles, as expectativas são renovadas.
Algumas pessoas continuam afirmando que as aposentadorias do Playstation 4 e Xbox One foram precipitadas e que a geração ainda tinha lenha para queimar.
Por outro lado, os entusiastas dizem que já estava na hora, enquanto aguardam sedentos por novidades.
Provavelmente será a transição de gerações mais longa que já vivenciamos!
Isto porque o mundo todo continua rodeado de incertezas, a pandemia continua afetando a vida de todos nós.
No mundo dos games, a indústria não tem dado conta de atender a demanda por novas unidades de Playstation 5 e Xbox Series X/S, todas as que chegam nas lojas esgotam-se rapidamente.
Muitos jogos sofreram adiamentos e levarão muito mais tempo para chegarem até nós. Até mesmo as grandes empresas e seus trabalhadores foram afetados.
Passamos por um período de “seca” em relação a grandes lançamentos, mas talvez quando tudo for normalizado, tenhamos uma enxurrada de grandes títulos. Quem sabe esta quebra no ritmo acelerado das grandes desenvolvedoras ao menos dê tempo suficiente para que tragam novas ideias. Somente o tempo dirá!
Mas um dia a nova geração se estabelecerá definitivamente e nos questionamos: o que devemos esperar dela? O que gostaríamos que ela fizesse de diferente em relação a todas as anteriores?
Este foi o tema de uma conversa que tivemos aqui na redação e decidimos compartilhar aqui, onde cada um de nós falou sobre suas próprias expectativas.
Barry
Parece existir uma pressão enorme para que a cada novo jogo os desenvolvedores entreguem cada vez mais conteúdo, cada vez mais modos de jogo, cada vez mais tudo. E o mais nem sempre significa qualidade, nem sempre significa melhoria.
Então o que eu mais gostaria na nova geração é que os desenvolvedores parassem de perseguir números ou aumento de tamanho e horas de jogo, passando a focar verdadeiramente na qualidade.
Por exemplo, ao invés de trazer um mapa enorme, optar por um mapa menor, porém mais denso. Com mais detalhes, mais personagens realmente únicos, novas possibilidades, interações e tudo que torne aquele mundo mais vivo e mais imersivo.
É algo que recentemente tive um gostinho em Yakuza, por exemplo, que opta por um mapa menor que o padrão dos jogos da atualidade, mas nos surpreende a cada momento de diversas maneiras.
Ou mesmo no clássico Bully, lembram? Cada aluno era único, as missões eram criativas, cada passo na progressão trazia novas surpresas.
Melhorias nas animações, em interações e todo o tipo de refinamentos também são bem-vindas. Especialmente nos grandes lançamentos das grandes empresas, que normalmente são os mais caros.
Vejo que é o momento de os desenvolvedores apertarem um “pause” no crescimento horizontal dos jogos, focando no crescimento vertical.
Marcão
Eu concordo com tudo o que o Barry e o Pépe falaram.
Porém o que eu quero mesmo são novas franquias!
E na minha opinião a geração passada teve sim seus momentos, mas deixou a desejar neste sentido.
Aquele novo jogo que será um clássico. Aquele novo personagem que vai ficar com nós para sempre a partir de quando ele for lançado.
Dou muito valor para jogos clássicos que estão aí até hoje e com certeza continuarão aparecendo nos novos consoles, mas sempre que surge um novo console já fico de olho nos anúncios sobre lançamentos, procurando jogos inéditos. Ao encontrar, fico imaginando se aqueles personagens serão os próximos a entrarem para a história.
Queria ver também melhorias significativas nos jogos de esportes, de todas as modalidades, mas em especial os de futebol.
Parece que na última geração estes jogos pararam no tempo e apesar de entregarem novos modos de jogo e modernização gráfica, não entregaram grandes melhorias na movimentação, nas animações e nos controles.
Com o sucesso que tem sido os modos onde você compra jogadores com dinheiro de verdade, acho bem difícil que eles se preocupem em melhorar o jogo de verdade. Mas não custa torcer para que isso mude.
Pépe
O que mais espero na nova geração é ser surpreendido, oras!
Ainda não tive a oportunidade, mas se for pagar cinco mil por um console e trezentas pratas por cada jogo, o mínimo que eu espero é que se virem para entregar alguma coisa inédita, que os clientes jamais imaginavam.
Pode parecer grosseria minha, mas de verdade, quando lançam um console novo o mínimo que eu espero é que ele ofereça algo realmente novo, algo que não existia antes, senão eu prefiro ficar na geração anterior.
Não sou o tipo de jogador que faz questão de ter os melhores gráficos, apesar de achar que alguns tipos de jogos dependam mais disso do que outros.
Então no meu caso a novidade não precisa vir somente na parte gráfica. Quero ver o pessoal se arriscando, lançando jogos mais experimentais. Os jogos estão saindo muito parecidos, tudo muito engessado, algumas vezes até sem alma e sem personalidade.
A Nova Geração de Games
Por mais que tentemos baixar as expectativas, é difícil conter a empolgação ao pensar em todas as possibilidades que novas tecnologias podem nos proporcionar.
Algo que todos nós desejamos de forma unânime é que nesta geração as empresas possam maneirar nas microtransações. É totalmente justo que estas empresas busquem maneiras de lucrar com seus jogos, mas a cada dia fica mais evidente que alguns estão ultrapassando todos os limites do bom senso. Sobretudo os que vendem caixas com itens aleatórios, por dinheiro real.
Em todos os momentos da geração passada, os jogos independentes continuaram sendo um alento. Com a quantidade crescente de recursos, ferramentas e alternativas de financiamento, esperamos que tragam surpresas cada vez melhores.
Mas e você, o que gostaria de ver nesta nova geração? Conte para nós!
A paixão por videogames surgiu à primeira vista, em algum lugar entre as gerações 8 e 16 bits
Falar sobre games sempre foi uma parte da diversão, eu e meus amigos passávamos muito tempo jogando e conversando sobre nossos jogos, na antiga locadora do Bigode, em casa e na escola.
Mesmo num mundo cada vez mais digital, encontrar pessoas apaixonadas por videogames e falar sobre nossos jogos continua sendo importante.
Decidi então fundar a iniciativa Bigode Games, um lugar onde falamos sobre o melhor que os videogames podem nos proporcionar.