E pra você que gosta de navegar no site, eu vou falar agora sobre o novo Street Fáite.
Ah, Street Fighter…
Uma das maiores, mais influentes, e (para nossa alegria) longevas franquias de todos os tempos.
Apesar dos inúmeros jogos envolvendo o nome e os personagens de Street Fighter, o lançamento de um título numerado da série principal continua sendo algo raro.
Um daqueles eventos que fazem o mundo dos games parar.
Tive o prazer de embarcar em Street Fighter 6 logo no dia do lançamento.
Cheguei com as expectativas baixas, mas encontrei um belíssimo jogo, repleto de possibilidades!
Por isso decidi que não faria uma análise convencional, com uma publicação próxima ao lançamento.
Quando o assunto é Street Fighter, muito amor e nostalgia estão envolvidos.
Então aqui estou, praticamente dois meses após o lançamento, falando sobre este novo jogo.
Trago comentários e impressões sobre aspectos técnicos dele, mas também falarei sobre como foi minha experiência com Street Fighter 6 até aqui.
Uma publicação que, assim como uma análise, poderá ajudar alguém na decisão de compra.
Mas principalmente um registro daqueles que quando voltarmos para ler alguns anos depois, guardará uma “imagem” de como tudo estava no início.
Antes mesmo dos passes de temporadas e expansões.
Sumário
- Anteriormente em Street Fighter
- Primeiras Impressões
- Controles e Polêmicas
- Modos De Jogo
- Minha Trajetória (Até Hoje)
- A Resposta Está No Coração Da Batalha
- Nota Do Autor
Anteriormente em Street Fighter
Não convém escrever um livro aqui, tentando contar a história da franquia.
Mas nunca é demais lembrar como era a situação de Street Fighter 5, para dar um pouco de contexto.
Após o enorme sucesso de Street Fighter 4, que revolucionou o mundo dos jogos de luta, todos ficamos otimistas sobre o futuro da série principal.
Porém o lançamento de Street Fighter 5 foi quase desastroso.
Ele era bom e bonito, mas não tinha quase nenhum conteúdo!
Um jogo que basicamente forçava os jogadores a irem para o modo online.
Não haviam nem mesmo os modos tradicionais dos jogos de luta, parecia uma versão de demonstração, como se a CAPCOM tivesse vendido apenas um pedaço do jogo.
Quem embarcou no lançamento de Street Fighter 5 pode dizer: “quando cheguei, isso aqui era tudo mato”.
Por isso, e também por ter sido vendido a preço cheio, muita gente ficou irada.
O tempo passou, a CAPCOM foi arrumando o jogo, lançando vários personagens, uma versão Champion Edition e aquela coisa toda.
Então, quando a coisa estava feia, a CAPCOM apertou o botão de emergência e convocou os World Warriors.
Os queridos e clássicos lutadores surgiram para ajudar no resgate.
Depois de tantas voltas, felizmente podemos dizer que a versão final de Street Fighter 5 é muito boa.
Hoje ele é um jogo bem completo e divertido, como todos gostaríamos que tivesse sido desde o começo.
Sendo assim, quando Street Fighter 6 foi anunciado, as primeiras dúvidas giravam em torno de seu conteúdo.
Será que a CAPCOM venderia novamente apenas o esqueleto de um jogo?
Minhas Primeiras Impressões Sobre Street Fighter 6
Começo dizendo que felizmente a CAPCOM aprendeu que não se começa a construir uma casa pelo telhado.
Dessa vez, logo no lançamento, recebemos uma excelente quantidade de conteúdo.
Uma fundação sólida, que permite aos jogadores se divertirem desde o começo.
Ao mesmo tempo em que está prontinha para que o jogo cresça com qualidade, ao longo das temporadas.
O maior destaque aqui é que finalmente a CAPCOM investiu pesado em conteúdo single player.
Não tem jeito, um jogo de luta que deseja se manter vivo por um bom tempo não pode mais negligenciar os modos single player, bem como o conteúdo para o público casual.
E aqui está uma das coisas mais admiráveis de Street Fighter 6: ele conseguiu trazer algo para todo mundo.
Trouxe coisas para o público casual, sem esquecer do público hardcore, a turma que vai literalmente “respirar” este jogo.
Alguém mais irritado talvez diga: “Vai lá CAPCOM, faça igual a Resident Evil 6, onde tentou agradar todo mundo e acabou não agradando a ninguém”.
E meu amigo pessimista, posso lhe tranquilizar dizendo que é impressionante como tudo foi feito com muito carinho, transparecendo uma intenção genuína de acolher a todos.
Não é aquela coisa forçada, de incluir algo só porque “tem que ter” ou porque está fazendo sucesso no momento.
Uma das coisas que mais me encantaram e fizeram perceber isso logo de cara, foi a escolha do cast de personagens iniciais.
Ele traz alguns inéditos, outros um pouco mais recentes, mas optaram por incluir TODOS os oito personagens clássicos.
Os oito personagens de Street Fighter 2 World Warrior, que consagraram esta franquia.
De uma maneira quase poética, eles estão posicionados na base da tela de seleção, inclusive nas mesmas posições do lendário arcade.
Cheguei até a comentar isso nas redes sociais, porque fiquei impressionado quando vi!
É como se eles tivessem vindo para abraçar os jogadores antigos e ajudar a introduzir os novos personagens.
São verdadeiros anfitriões, a linha de base para que qualquer pessoa que já conheça Street Fighter consiga perceber com facilidade o que mudou no jogo.
E falando sobre os personagens, eles são muito impressionantes!
Não só os efeitos em suas roupas, a riqueza de detalhes, mas também porque eles possuem, veja só, muita personalidade!
É muito legal como capricharam e deram vida a todos eles, através de suas expressões faciais e até mesmo de sua “linguagem corporal”.
Guile é aquele sujeito que está sempre de cara fechada, mas que a gente sabe que é legal.
Dee Jay é um cara tão dançante que vai fazer alguns jogadores balançarem o corpo involuntariamente.
Kimberly exala charme e juventude.
E assim por diante.
Todos os personagens são críveis, você consegue imaginar como eles seriam na vida real.
A ponto de chegar a gostar de um personagem, mesmo sem gostar de jogar com ele.
É o tipo de coisa que quando olho, penso: “É ISSO que eu quero!”
Não quero só gráficos mais detalhados, quero personagens VIVOS!
O estilo quase cartunesco de Street Fighter 5, com mãos e pés gigantescos, deu lugar a algo um pouco mais puxado para o realismo.
Não chega a ser totalmente realista, e podemos observar que alguns personagens ainda pendem um pouco para o estilo “animação”, mas de modo geral ficou bem legal.
O toque final é que nossos personagens sofrem danos durante as batalhas.
Hematomas, roupas sujas e uma tela de continue (no modo história/arcade) que vai aquecer o coração dos fãs de Street Fighter 2.
Existe até mesmo uma representação visual das contrações musculares durante os golpes!
Por fim, sobre os personagens clássicos, gostei muito dos novos visuais.
É possível ter acesso às roupas clássicas deles (maiores detalhes adiante), mas os novos estilos ficaram muito bons!
Transmitem aquela ideia de que estes caras seguiram em frente, que a vida deles mudou de fase, no melhor dos sentidos.
Um detalhe que me impressionou, e exemplifica bem isso, é o colar de Dhalsim.
Na versão atual, o colar de crânios (que possui toda uma história de fundo) deu lugar a um colar com uma mudra da ioga (aquela posição das mãos dele durante a meditação).
São detalhes que provam que o time mergulhou fundo, e que este é um jogo que ficou bastante tempo “no forno”, só saindo quando estava pronto de verdade.
Os cenários, os palcos onde tudo acontece, também são incríveis!
Os desenvolvedores devem ter ficado bravos com o meme que dizia que o jogo se chama Street Fighter, mas quase não temos cenários nas ruas.
Dessa vez temos ótimos cenários nas ruas, repletos de detalhes e coisas acontecendo enquanto batalhamos.
Até mesmo os efeitos visuais coloridos, que causaram estranhamento nos primeiros trailers, acabaram me incomodando menos do que esperava.
Street Fighter 6 impressiona, e o único ponto realmente negativo que consegui encontrar foi sua trilha sonora.
Os efeitos sonoros continuam excelentes, mas a trilha deixou a desejar.
De um modo geral as músicas não conseguem atingir o nível que estamos acostumados a ver na franquia.
Cheguei a Street Fighter 6 sem esperar muita coisa, e encontrei excelência.
Existe algo para todo mundo aqui, jogadores antigos e novos se sentirão igualmente abraçados.
Mas o melhor ainda é observar como tudo prioriza a diversão!
Controles e Polêmicas
Os controles são excelentes e precisos.
A jogabilidade é fluida e os personagens estarão em suas mãos!
Mas Street Fighter 6 causou polêmica ao oferecer novos sistemas de controles.
E aqui gostaria de passar minhas impressões sobre o que senti usando os controles modernos, e enfrentando adversários que o utilizavam.
Existem nada menos que 3 tipos diferentes de controles neste jogo:
Clássico – Tradicional da série, em que encontramos os três botões de socos e chutes, exigindo comandos precisos para golpes especiais.
Moderno – Uma versão bem simplificada, com três botões de ataque e um de golpes especiais.
Basta segurar o direcional e pressionar o botão, de modo que cada direção corresponde a um golpe especial diferente.
Existe ainda um botão que quando é mantido pressionado, “ativa” combos automáticos.
Dinâmico – Basta se movimentar e pressionar poucos botões, para que a inteligência artificial do jogo tome decisões por conta própria.
Esse esquema é ainda mais simplificado e muita gente tem destacado como ele será útil para as pessoas não possuem nenhuma familiaridade com videogames.
Mas tenho a impressão de que ele será ainda mais importante no quesito acessibilidade.
Tem tudo para fazer a alegria de pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou restrição de movimentos.
O modo de controle Dinâmico não pode ser utilizado em partidas ranqueadas, mas os modos Clássico e Moderno sim.
E é aqui que começa a confusão.
O pessoal mais hardcore tem reclamado que os controles modernos conferem uma vantagem injusta, que isso é um método preguiçoso.
Não sei como ficará a situação no cenário competitivo, mas como jogador casual isso não me incomodou em nada até o momento.
Apesar de utilizar os controles clássicos, vejo com bons olhos a criação deste novo sistema.
Ele é mais uma ação que vai de encontro com a filosofia de não esquecer dos jogadores casuais, e da tentativa de atrair novos fãs para os jogos de luta.
Algo de extrema importância!
Se este sistema tivesse chegado como sendo o único, concordo que seria complicado.
Mas ele chegou como alternativa, nada foi subtraído.
Claro que existe um balanceamento entre os sistemas, sendo que o Clássico tende a causar mais danos, compensando a facilidade de operação do sistema Moderno.
Há também uma curva de aprendizagem neste sistema, ainda que bem mais suave.
Pessoalmente não gostei de usar o sistema Moderno, senti como se ele limitasse meus movimentos.
Por um lado você não precisará decorar combos e nem fazer uma faculdade de Street Fighter para jogar bem.
Por outro, passa a impressão de que o jogo está fazendo coisas sozinho, algo que me incomoda um pouco.
Mas isso é porque cresci jogando no sistema Clássico.
Consigo enxergar novos jogadores começando a jogar por causa do sistema Moderno.
E ainda que o novo sistema facilite as coisas, ele não te fará magicamente jogar bem.
Num jogo de luta existe toda aquela questão da movimentação, do jogo mental, dos reflexos.
Um sistema de golpes simplificado pode ser um bom início para que o jogador aprenda o jogo, e posteriormente sinta o desejo de se passar para o modo Clássico.
Street Fighter possui uma das maiores barreiras de entrada dentre os jogos de luta.
Por isso achei muito benéfica essa tentativa de construir uma nova ponte.
Desde que o sistema Clássico seja mantido.
A única coisa que incomodou um pouco é que o jogo te força a testar o sistema Moderno, no início do modo World Tour e colocando como opção padrão em alguns locais.
Mas no World Tour isso passa rápido, e nas opções basta trocar uma vez para que fique tudo certo.
Modos De Jogo
A disposição dos modos de jogo também demonstra que tudo foi pensado para agradar a maioria das pessoas.
Logo de cara o jogo apresenta uma tela com três divisões, que servem para organizar melhor o farto conteúdo do jogo.
Algo bem diferente do que costumamos ver nos jogos de luta, onde temos todas as opções e modos misturados na tela inicial.
Estas divisões representam as diferentes experiências que podemos ter com o mesmo jogo, e consequentemente cada uma delas tende a agradar mais a estilos diferentes de jogadores.
Por exemplo, um jogador mais clássico provavelmente irá de cara para a “divisão” Fighting Ground, onde jogará os modos tradicionais sem nenhuma enrolação.
No começo causa estranhamento e leva um tempo para acostumar com a navegação dos menus, mas depois fica fácil perceber que faz sentido e foi uma ótima ideia.
Outro ponto peculiar é que uma das primeiras telas que veremos ao navegar por estas divisões, é a de criação de avatar.
Um boneco que irá nos representar dentro do jogo.
As três divisões da tela inicial são:
1- World Tour
A porção essencialmente single player do jogo.
Um modo em que criamos um avatar e iniciamos uma aventura, com elementos de RPG.
Algo totalmente novo na franquia!
2- Battle Hub
Uma espécie de saguão, onde somos representados pelo mesmo avatar que criarmos.
Ali podemos interagir com outros jogadores, engajar em batalhas entre os personagens principais ou até mesmo batalhas entre avatares.
Existem ainda outras atividades, dentre elas a possibilidade de jogar alguns clássicos dos fliperamas (explico melhor adiante).
Claramente é o modo que visa atrair a geração mais nova de jogadores.
O pessoal que gosta de personagens customizados, interações através de avatares e essas tendências dos multiplayers modernos.
Mas a adição de jogos clássicos me parecem um convite, para que os jogadores mais antigos também se sintam bem-vindos neste espaço de convivência.
3- Fighting Ground
A porção tradicional do jogo.
Aqui temos os modos mais clássicos como o arcade / história, treino, trials, guias de personagens e versus.
Temos acesso mais direto a batalhas online e criação de lobbies.
Basicamente todos os modos existentes em Street Fighter 4 e 5 estão aqui.
A maior novidade fica por conta do novo modo batalha extrema, uma espécie de modo versus com modificadores malucos.
E dessa forma, logo na primeira tela, Street Fighter 6 mostra a que veio!
Uma excelente quantidade de conteúdo, para todos os perfis de jogadores.
Dito tudo isso, finalmente contarei a seguir como foi minha jornada em Street Fighter 6.
Minha Trajetória Em Street Fighter 6 (Até Hoje)
Sendo um jogador que veio lá da turma do Street Fighter 2, acessei logo a divisão Fighting Ground.
A primeira coisa que gosto de fazer num jogo de luta é ir para o single player, da maneira mais “pura” possível.
Normalmente faço isso terminando o modo arcade ou história (que aqui são quase a mesma coisa) com todos os personagens.
Fighting Ground – Modo Arcade / História
Foi logo nas primeiras lutas que o jogo me conquistou!
Ver Street Fighter 6 de perto e sentir sua essência me deixou encantado, impressionado com cada novo detalhe visualizado.
A história segue a mesma linha de Street Fighter 5, com desenhos estáticos no início e no final da jornada.
Tudo é contado com textos dublados e bem interpretados.
Não é algo tão legal quanto as animações de Street Fighter 4, mas é bom o suficiente, e cumpre o objetivo.
Existem opções interessantes na tela de personagens.
Por exemplo, podemos ativar ou desativar este modo história.
Ou seja, quando a história estiver desativada, o mesmo modo vira o arcade comum, sem a sequência de adversários predeterminados.
Também podemos escolher se jogaremos 5 ou 12 lutas, sendo que ao selecionarmos 12 lutas teremos dois estágios de bônus, ao invés de um.
Não gosta dos estágios bônus? Há uma opção para desativá-los também.
Um detalhe muito legal, é que os mesmos desafios das fases bônus estão disponíveis como atividades no modo World Tour, mudando apenas os cenários onde tudo acontece.
Me diverti muito nessa jornada, e fiquei feliz ao sentir que foi legal controlar todos os personagens, mesmo aqueles em que eu não botava fé.
Descobri golpes novos para personagens clássicos, testei os estreantes, e fiquei maravilhado com o trabalho que fizeram com todos eles.
Ao finalizar, tive a certeza que a base do jogo estava sólida, uma coisa linda de se ver.
World Tour
Somente após conhecer todos os personagens parti para o modo World Tour.
Ali permaneci até concluir a história principal, fazer todas as quests secundárias que encontrei, e desbloquear as roupas alternativas dos personagens.
Sim, a maior recompensa que temos ao jogar o modo World Tour é destravar uma segunda roupa para nossos personagens.
O mais legal de tudo é que para os personagens clássicos, esta roupa é o visual original deles!
É demorado porque temos que fazer isso com todos, um a um, de modo que não detalharei para não dar spoilers.
Mas como o modo de jogo é divertido, foi uma ótima sacada “esconder” este presente aqui.
Os mais apressados, ou aqueles que não gostarem do modo World Tour, poderão desembolsar dinheiro de verdade para desbloquear estas roupas e suas cores extras.
Por outro lado, quem gosta e sente saudades de desbloquear coisas nos jogos de luta, vai se deliciar com este desafio!
Após concluir a história do modo World Tour, é possível continuar solto pelo mapa, o que indica que ele deverá ser expandido.
Também não botava fé nenhuma neste modo de jogo, mas ele me surpreendeu.
Gostei muito de como ele trabalha a favor da construção e manutenção de toda a mitologia das séries Street Fighter e Final Fight, estreitando ainda mais os laços entre elas.
A história é boa o bastante, mas o que me pegou mesmo foi o show de referências, easter eggs e momentos em que pensei “peraí, eu reconheço isso aqui”.
Claro que este modo tem pontos negativos.
O sistema com níveis estilo RPG tem seus altos e baixos, e algumas missões claramente possuem passos que as estendem mais que o necessário.
Mas quando lembro que é um modo adicional dentro de um jogo de luta, fico impressionado.
Sério, este modo poderia facilmente ser vendido como um jogo separado.
Passei mais tempo do que imaginava no modo World Tour, e poderia falar muito sobre ele, mas não correrei o risco de estragar nenhuma surpresa.
Battle Hub
Aqui eu já devia ter por volta de 30 horas de jogo, e finalmente fui conhecer o modo Battle Hub.
Andei pelo saguão, explorei as opções e atividades, travei algumas batalhas online.
Mas o que gostei mesmo foi de jogar os clássicos!
Existem fliperamas espalhados por praticamente toda parte do salão, não apenas como enfeite.
A maioria deles são uma representação visual do pareamento, da busca por batalhas.
Um jogador escolhe um fliperama onde se sentar e outro que estiver passando por ali senta na outra parte da máquina, para iniciar uma luta casual ou ranqueada.
É possível até chegar em algum fliperama onde alguém já esteja jogando, e acessar a partida como espectador.
A grande atração, e o lugar onde passei mais tempo, foi um setor do salão chamado Game Center.
Ali também existem fliperamas, mas nestes acessamos jogos clássicos dos arcades, produzidos pela CAPCOM.
Basta ir com seu boneco até o jogo desejado e iniciar uma partida.
Podemos escolher jogar no modo livre ou no modo “ficha única”, onde tentamos fazer o máximo de pontos numa única tentativa.
Neste segundo caso nossa pontuação é colocada num ranking geral, mantendo o espírito de competição.
A sacada é que estes jogos não ficam disponíveis de forma permanente, ocorre rotatividade de títulos.
E já temos pistas de que a CAPCOM deverá vender jogos para este Game Center, de modo que fiquem ali de maneira fixa.
Até agora já joguei Street Fighter Alpha 2, Capitão Comando, Street Fighter 1 e Magic Sword.
Nenhum deles é inédito, uma vez que apareceram nas coletâneas CAPCOM Arcade Stadium (e outras), mas é muito legal poder encontrá-los aqui.
É um modo interessantíssimo para quem gosta de socializar e buscar pessoas para formar clubes.
Modo Online e Outros
Somente então joguei alguns trials, um pouco mais do modo arcade, e a batalha extrema.
Todos estes estão lá no Fighting Ground.
Como disse antes, as opções de partidas online ranqueadas ou casuais estão acessíveis pelo modo Battle Hub, mas aqui no Fighting Ground há um acesso direto pelo menu.
De todos os jogos de luta que já testei até hoje, nenhum modo online funcionou tão bem quanto este.
Tentando colocar em números, devo ter jogado por volta de 20 lutas online até o momento e apenas duas delas deram pequenas travadas.
Mesmo assim não foi nada que impossibilitou a partida.
Dificilmente um jogo me faz querer ir para o modo online, e neste tenho me divertido bastante.
Claro que se subir de ranking o suficiente encontrarei o pessoal mais hardcore e apanharei pra valer, mas tenho certeza que ainda assim será divertido.
Até hoje algo parecido só me aconteceu com Mortal Kombat 9, Tekken 7 e The King of Fighters XV.
Sinto que este jogo tem potencial de me empolgar a ponto de querer mergulhar em suas camadas mais profundas.
Por fim, um detalhe que me deixou muito contente é que agora nós escolhemos o cenário de todas as lutas online!
A prática comum nos títulos de luta é que o cenário seja escolhido por quem estiver posicionado como “Player 1”.
O resultado é que a maioria das partidas ocorria no cenário branco, quadriculado e sem vida do modo treino.
Mas aqui o cenário é carregado na máquina de cada jogador, então nós escolhemos onde lutar em 100% das vezes.
Uma solução que une o útil ao agradável, trazendo vida para as partidas online.
Atualmente sigo jogando principalmente os modos arcade, online e trials.
A Resposta Está No Coração Da Batalha
Os primeiros trailers de Street Fighter 6 não me empolgaram.
Realmente não acreditava que ele pudesse ser muito melhor que seu antecessor.
No fim das contas valeu muito a pena ter dado um voto de confiança para a CAPCOM.
A mudança para a incrível RE Engine certamente favoreceu muito o jogo, que está com ótima performance e load times bem curtos.
Mas o tempo certamente foi o maior amigo de Street Fighter 6.
É perceptível que os desenvolvedores tiveram tempo para fazer o jogo com carinho, dando pouca chance aos erros.
Em praticamente todos os lugares existem opções para ligarmos ou desligarmos, customizando a experiência.
O capricho nos menus e em tudo o que diz respeito à chamada “qualidade de vida” são impressionantes.
Até o momento não encontrei nenhum bug.
Dá gosto ver um jogo com este nível de polimento e acabamento!
A CAPCOM se empenhou em ouvir as reclamações de seus fãs e isso é digno de aplausos, foi algo que certamente ajudou bastante a melhorar o jogo e sua recepção.
Quem diria que ouvir os fãs daria tão certo, não é mesmo? (contém ironia)
Street Fighter 6 é sem sombra de dúvidas um título digno da tradição da franquia.
A busca pelo novo sem desrespeitar o clássico, o folclore e as histórias pessoais que existem em torno de Street Fighter.
Claro, a CAPCOM vai monetizar este jogo de todas as formas possíveis.
Mas dessa vez temos uma excelente quantidade de conteúdo, e os DLCs poderão ser explorados de maneira positiva.
Além do mais, diferente de Street Fighter 5, onde os desenvolvedores precisavam consertar o jogo, por aqui eles precisarão apenas expandi-lo sem estragar nada.
No momento em que escrevo esta publicação, Rashid já chegou ao jogo.
Ele é o primeiro personagem de DLC, da primeira temporada de Street Fighter 6.
Poderia ter vindo no jogo base? Provavelmente sim.
Mas se os passes de temporada são necessários para manter o jogo vivo, expandindo tudo com qualidade, acaba sendo compreensível.
Principalmente porque desta vez o jogo base veio completo, entregou qualidade e quantidade.
Estou empolgado para ver as próximas temporadas deste jogo, fico imaginando como ele será quando a tela de seleção de personagens estiver tão farta quanto a de Street Fighter 5.
Por fim, repito que este é um jogo comprometido com a diversão.
De nada adiantaria se ele tivesse se preocupado com tudo isso e não fosse divertido, bom de jogar.
É gratificante ver que existe algo para todo mundo aqui, que todos se sentirão abraçados.
Algo que só foi possível porque o jogo cresceu de dentro para fora, com muito carinho, dedicação e atenção aos detalhes.
Sem dúvidas estamos diante de um capítulo especial no universo dos jogos de luta.
Por este motivo, mesmo estando presente desde o lançamento, não tive pressa de escrever sobre Street Fighter 6.
Me sentiria culpado se pegasse este jogo tão especial para jogar correndo, correndo o risco de escrever algo raso sobre ele.
Não seria justo com o peso que Street Fighter tem, comigo mesmo, e com as pessoas que fossem ler o que escrevi.
Espero que este post tenha sido útil para você, obrigado por ter lido até aqui.
Um abraço e até a próxima!
Street Fighter 2 foi uma paixão à primeira vista, um dos maiores responsáveis pelo início de minha jornada no mundo dos games.
Mais do que isso, a série Street Fighter já me proporcionou assunto para conquistar novas amizades, diversão para fortalecer amizades já existentes, e certamente ainda me ajudará a conhecer muita gente boa.
Por isso, gostaria de dedicar esta humilde publicação ao pessoal que me segue e participa das discussões lá no Twitter (X?).
E a todos os meus amigos fãs de Street Fighter.
Alguns deles já não estão mais entre nós, mas sempre sentirei falta das conversas que tivemos.
Quando surge um novo Street Fighter é impossível deixar de imaginar como seria jogar e conversar sobre as novidades com eles.
Será que estaríamos nos divertindo com este jogo, da mesma forma que aconteceu com Street Fighter 2?
Tenho certeza que sim.
Esta é a beleza e a importância de uma franquia como Street Fighter, que fez parte da vida de tantas pessoas ao redor do mundo.
Continuarei jogando por vocês e por mim, enquanto eu estiver aqui.
A paixão por videogames surgiu à primeira vista, em algum lugar entre as gerações 8 e 16 bits
Falar sobre games sempre foi uma parte da diversão, eu e meus amigos passávamos muito tempo jogando e conversando sobre nossos jogos, na antiga locadora do Bigode, em casa e na escola.
Mesmo num mundo cada vez mais digital, encontrar pessoas apaixonadas por videogames e falar sobre nossos jogos continua sendo importante.
Decidi então fundar a iniciativa Bigode Games, um lugar onde falamos sobre o melhor que os videogames podem nos proporcionar.
Pô, que texto bonito, Barry. Dá para ver que você realmente é fã de Street Fighter. Não parece que você está jogando um videogame, e sim reencontrando um amigo de longa data.
Eu joguei o SF2 lá atrás, mas minha passagem pela saga foi bem breve. Como eu tinha contato com pessoas que eram exímias jogadoras de jogos de luta e que inclusive participavam de torneios e campeonatos, sempre fiquei meio por fora do jogo. Esses jogos triunfam no multiplayer, e para mim, multiplayer era sinônimo de massacre!
Confesso que fiquei curioso com respeito ao SF6 por alguns dos pequenos detalhes carinhosos que você foi me contando ou eu fui vendo pela internet, principalmente naquele grupo nosso lá no Twitter. Coxinha e pão de queijo como item no jogo, as roupas clássicas do elenco original, os arcades… tudo isso me agradou muito.
Mas, ao mesmo tempo, eu fico com o pé atrás com algumas das medidas que a Capcom decidiu adotar, e que me fazem me afastar do jogo por enquanto. Esse modelo dos arcades dentro do jogo serem “vendidos” é bem preocupante para mim, principalmente porque sabemos que o preço não vai ser camarada. Outro motivo é o preço das skins, como aquelas anunciadas semana passada, das Tartarugas Ninja. Aquilo é quase o preço de um jogo, é impressionante.
Essas medidas me afastaram do produto, e fizeram que eu decida jogar ele só lá na frente, quando já sair a versão com todos os DLCs, com as skins, etc.
Muito obrigado, Greg!
Estou longe de ser um jogador hardcore, mas Street Fighter com certeza é um dos capítulos mais importantes da minha vida como jogador.
Street Fighter 2 foi um dos primeiros fliperamas que vi em minha vida, numa época em que havia toda aquela mitologia em torno do jogo.
E que a criatividade das pessoas dava vida àquele mundo.
Street Fighter 6 está muito caprichado, o cuidado que tiveram foi impressionante!
A série merecia e precisava disso.
Já sabíamos que a CAPCOM monetizaria que nem louca este jogo, mas os preços superaram as estimativas até das pessoas mais exageradas.
Os cosméticos das Tartarugas Ninja são para o avatar, a parte mais “social” do jogo.
Então no momento não chega a ser algo impeditivo, a não ser que você goste desse modo de jogo e queira ter um avatar “topo de linha”.
Pela primeira temporada de personagens dá pra ver que os personagens não estão baratos, mas o preço não é tão exagerado quanto o desses itens.
Resta ver agora se nas roupas adicionais de personagens eles irão enfiar a faca.
De qualquer forma fica difícil defender esse tipo de prática num jogo pago, que passa longe de ser barato.
Sua intenção de esperar a versão completa é totalmente válida.
Ainda mais se não estiver com “pressa” de jogar.
Enquanto isso, se estiver precisando de mais Street Fighter em sua vida, tem a Street Fighter 30th Anniversary Collection ou a versão completa de Street Fighter 4.
Ambas são muito divertidas e aparecem por preços bem legais.
Muito obrigado pelo comentário!
Abraço!